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Por terem um sistema imunológico mais frágil, as crianças são prioridades nas estratégias de vacinação para o cumprimento do calendário de imunização. Até porque o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) coloca “a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias” como obrigatória. Por isso, o Governo de São Paulo esclarece para você as principais dúvidas sobre o assunto.
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Entre a população, uma das principais dúvidas trata dos imunizantes administrados para crianças de 0 a 7 anos. Confira a lista com base no calendário de vacinação da Secretaria de Estado da Saúde:
A Secretaria de Estado da Saúde, em consonância com o Ministério da Saúde (MS), define o calendário das Campanhas e Vacinação infantil. Enquanto isso, os municípios têm autonomia para organizar e definir as estratégias de vacinação.
Assim, as prefeituras municipais definem os locais de imunização considerando a demanda e a rede local. Por isso, sempre consulte as informações referentes ao planejamento da sua cidade para comparecer na unidade de saúde indicada.
A vacina contra poliomielite, ou paralisia infantil, em São Paulo é destinada para crianças menores de 5 anos idade.
De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, as crianças começam a imunização contra a poliomielite aos 2 meses de idade, recebendo três doses da vacina inativada poliomielite (VIP) até o primeiro ano de vida, com intervalo de dois meses entre cada aplicação (aos 2, 4 e 6 meses).
Neste ano, houve uma mudança no esquema vacinal. O imunizante VIP está sendo utilizado tanto nas doses básicas quanto de reforço. Já para as crianças maiores de 7 anos de idade e adolescentes (até 19 anos de idade) ainda não vacinados, o esquema contra poliomielite consta de três doses da VIP com intervalos de dois meses entre cada dose.
A imunização ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para receber a vacina, pais ou responsáveis devem levar a criança ou o adolescente até uma unidade de saúde portando a carteira de vacinação para verificar a necessidade de iniciar ou completar o esquema de vacinação.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda caracterizada pela contaminação pelo poliovírus. Ela pode causar paralisia muscular dos membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. Em casos graves, pode evoluir a óbito, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.
A maioria das pessoas infectadas não manifesta ou apresenta poucos sintomas e estes são parecidos com outras doenças virais como: febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, náuseas e vômito, prisão de ventre, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Apenas 1% das pessoas infectadas desenvolvem a forma paralítica da doença.
A poliomielite pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia. O vírus começa a se multiplicar nos intestinos ou na garganta e alcança a corrente sanguínea, podendo atacar o cérebro.
Quando a infecção atinge o sistema nervoso, os neurônios motores são destruídos, o que provoca paralisia em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal se forem infectadas as células que controlam os músculos respiratórios e da deglutição (o transporte do conteúdo da boca, alimento ou saliva, até o estômago).
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são motoras e não têm cura. As principais são: problemas e dores nas articulações; pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão; crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta; dificuldade de falar; atrofia muscular; e hipersensibilidade ao toque.
A vacinação infantil contra a influenza é considerada a melhor estratégia de prevenção e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos, além de diminuir a sobrecarga dos serviços de saúde.
A vacinação contra a influenza ocorre anualmente na estratégia de Campanha de Vacinação e recomenda-se a administração da vacina para grupos considerados prioritários: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, professores das escolas públicas e privadas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, pessoas em situação de rua.
A vacinação é anual devido à atualização da composição da vacina.
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias.
Os sintomas da influenza incluem febre, dor de cabeça, tosse, dor no corpo, dor de cabeça. Em crianças a febre pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento de gânglios na região da nuca e podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.
A vacina BCG é a principal forma de proteção contra casos graves de tuberculose (meningite tuberculosa e tuberculose miliar). De acordo com o Programa Estadual de Imunização, a vacina BCG deve ser aplicada em crianças o mais precocemente possível, no nascimento. Caso a BCG não tenha sido administrada na maternidade, aplicar na primeira visita ao serviço de saúde.
A vacina BCG é aplicada em dose única, e também é disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para pessoas que convivem com portadores de hanseníase.
No município de São Paulo, a vacina BCG é obrigatória a todos os nascidos vivos, com peso a partir de 2 kg, antes da alta hospitalar, nas maternidades, centros e casas de parto e outras instituições que realizam parto na sua rotina de trabalho, na rede pública ou privada.
Bebês são mais vulneráveis a casos de desenvolver as formas graves da tuberculose (meningite tuberculosa e tuberculose miliar), porque possuem um sistema imunológico mais frágil.
A tuberculose é uma doença grave que pode afetar não apenas os pulmões, mas também os ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Os sintomas da doença incluem tosse por três semanas ou mais, falta de ar, dores no peito, fraqueza, febre e perda de peso.
O Estado de São Paulo superou a cobertura vacinal de 2019 de todos os dez imunizantes do calendário básico de vacinação infantil. Com isso, a cobertura de cada vez mais vacinas aproximam-se da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações. Em 2024, imunizantes contra tuberculose, rotavírus, sarampo, caxumba e rubéola ultrapassaram a meta.
A vacina BCG atingiu 90,3% de cobertura. Contra o rotavírus, a cobertura vacinal é de 90,2% e a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) tem 98,7% de cobertura. Assim, todas superam a a meta de 90%.
O acesso à carteira de vacinação pode ser feito de forma digital pelos canais digitais do Poupatempo. Para acessá-la, a carteira de vacinação, é preciso o CPF do menor e um cadastro no LoginSP, que é um autenticador único para acesso aos serviços do Estado de São Paulo.
O comprovante de vacinação ficará disponível na opção “Serviços > Vacinação Covid-19 > Carteira de vacinação”. Pela carteirinha digital é possível visualizar informações sobre as doses, data da vacinação, profissional vacinador, nome e registro do local, fabricante e o número do lote da vacina aplicada.
A ferramenta permite ainda baixar e fazer a impressão do comprovante. Na carteirinha de vacinação do Poupatempo consta um QR code que comprova os dados da vacinação.
📸 Secom Governo SP.