Carla Zambelli visita Operação Acolhida, ressalta defesa à liberdade e conversa com Juan Guaidó  

A deputada federal e presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMADS), Carla Zambelli, esteve em Roraima nesta semana (de segunda a quarta-feira), para cumprir agenda relacionada ao meio ambiente e conhecer de perto as atividades da Operação Acolhida. A parlamentar também conversou por vídeo com o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. 

Acompanhada da embaixadora da Venezuela, Maria Teresa Belandria Exposito, Zambelli conheceu de perto a Operação Acolhida e seu comandante, general Antônio Barros. Visitou também vários Centros de Atendimento ao Venezuelano, que prestam assistência aos migrantes que buscam refúgio na região. 

Reconhecida internacionalmente pelo trabalho de ativista no combate ao regime narco ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela, Carla Zambelli, após conhecer a realidade de vida dos refugiados, afirmou que “atuará incessantemente para que o Brasil não chegue à mesma situação da Venezuela". 

Zambelli afirma que o presidente Jair Bolsonaro e seu governo são “a esperança de manutenção da liberdade em nosso país”, uma vez que, segundo ela, “já vivemos em uma prévia de ditadura configurada na censura de pontos de vista da direita conservadora. Enxergo em Bolsonaro a possibilidade de liberdade que os venezuelanos perderam”, ressalta a deputada. 

Tráfico ilegal de ouro

A presidente da CMADS está fazendo, junto a especialistas, levantamento sobre a contaminação por mercúrio que a Venezuela está lançando na Amazônia. Essa contaminação pode causar, entre outros problemas, dano aos pulmões, distúrbios neurológicos, problemas de memória, erupções cutâneas e insuficiência renal. 

Na Polícia Federal, ela informou-se sobre crimes fronteiriços e ambientais, e encontrou-se com o superintendente da PF, Dr. Marcos  Ronki e os delegados Dr. Adolpho Hugo de Albuquerque Pereira, Dr. Alan Gonçalves e Dr. Caio Luchini Wenderlich C.L. de Castro.

Por vídeo chamada, Zambelli conversou com o presidente reconhecido da Venezuela, Juan Guaidó. Eles discutiram sobre o tráfico ilegal de ouro venezuelano, os riscos para a segurança brasileira e as graves consequências da mineração ilegal na Venezuela sobre o frágil ecossistema da selva amazônica venezuelana e os impactos no Brasil.

Guaidó pediu à deputada a criação de uma frente parlamentar em apoio às ações do governo interino de seu país e para dar voz no Congresso Nacional às violações dos direitos humanos sobre o povo venezuelano.

Operação Acolhida

Criada pelo Governo Federal em 2018, a Operação Acolhida presta apoio e socorro aos refugiados da Venezuela no Brasil. Segundo o Governo, mais de 264 mil migrantes e refugiados venezuelanos entraram e permaneceram no solo brasileiro desde o início da crise migratória.  

Em Pacaraima (RR), a estrutura conta, de acordo com o Governo Federal, com a atuação de servidores federais, militares, profissionais de organismos internacionais e entidades da sociedade civil, além de um Posto de Atendimento Avançado – PAA para a atenção médica de emergência.

Força Nacional

Conhecer de perto os trabalhos da Força Nacional em Boa Vista também fez parte dos compromissos no estado. Presente no local desde agosto de 2018, a Força está atuando em "apoio aos órgãos de segurança pública do estado de Roraima, para atuar nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado", conforme detalha a portaria publicada no Diário Oficial da União em 21 de outubro de 2020.

Tramita no Congresso Nacional projetos que institucionalizam a Força Nacional, concedendo estrutura própria ao hoje programa de cooperação entre os estados-membros e a União Federal. A proposta conta com o apoio de Zambelli.

Em Roraima, Carla Zambelli também se encontrou com o governador Antônio Denarium, para conhecer as principais necessidades do Estado; e com o coronel Francisco Xavier Medeiros de Castro, do comando da Polícia Militar estadual.